segunda-feira

E nem sei por onde começar.

Pois é a semana começou.
Domingo, dia de descansar criar força e coragem, gestar a semana.
Segunda-feira, para mim um dia feliz, em que a semana vai se ajeitando, os contatos vão sendo feitos, as novidades, os planos antigos tudo vai se misturando, tomando forma e crescendo na gente.

Estive pensando esses dias, passados num pra lá e pra cá e na construção de uma vida diferente, cheia de pequenas graças e tempo, no auge dos meus 23 anos (é pouco eu sei); ninguém mostra nada pra gente sobre o mundo. Seria tão melhor se as pessoas parassem de contar e passassem a deixar viver e sentir o mundo.

Primeiro, o que me aflige porque me é tão próximo: a universidade e o que ela significa, ninguém deveria ficar depressivo, aturdido e cheio de anseios sobre a universidade que não representa a vida, que pode ser instrumentalizada, mas que é tão pouco. Nem uma pessoinha deveria ouvir o quão importante é a universidade porque depois dela estaremos melhores, que é a partir do momento em que nos formarmos que somos adultos e que o esse é o futuro que devemos viver.

Não me contaram o que era se formar, não me contaram que o único futuro é o presente e que a vida se faz caminhando. Nem falo aqui da minha família, de sangue e do coração, que sempre me apoiou, falo do mundo da conversinha que dorme entre um dia e outro na rua e no mundo.

Eu entrei direto na universidade numa das melhores universidades do país (UNESP) e me formei com algum mérito em um curso invejado que abre as portas para o "maravilhoso" e "único mundo possível" dos concursos públicos.

Sou bacharel em direito. Cursei uma universidade badaladíssima e adivinha? Nada de portas se abrindo porque fiz uma universidade pública de "qualidade", nada de nada.

As portas se abrem sim, mas por outros motivos, abrem pela generosidade imensa de muitas pessoas que encontrei em Juiz de Fora, de outras pessoas que sempre estiveram comigo e que me apoiam mesmo quando não concordam comigo. E principalmente se abrem quando construímos chaves e batemos delicadamente e insistentemente naquilo em que acreditamos, ser aquilo que somos dá força.

A verdade é que nessa nova caminhada me sinto segura, não porque sei o que virá amanhã, não porque sei que estou no caminho certo, mas porque sinto que estou fazendo o que eu acredito ser o correto para mim, porque as vezes, nessa nova vida, eu tive que escolher me encolher e conformar ou saltar de olhos bem abertos e eu sinto que saltei, confiando absolutamente na providência, e quando puder distinguir o que vi, gostei.

Todos os dias quando acordo primeiro gratidão aos que me possibilitam estar aqui, coragem e fé na providência e um pouco de força para ser sem medo os meus sonhos transformados no mundo.

E viva!


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